Literária Mente


Esse é um espaço reservado para a escrita literária dos alunos autores do IFS. Aqui você pode ler os contos, as crônicas e os poemas produzidos pelos nossos talentos.





Nosso lugar

Julho, 2021

Hellen Alicia dos Santos Silva, José Antônio Oliveira Santos e Osvaldo Pereira da Silva; alunos do 2° ano de alimentos do IFS



Aracaju é uma terra maravilhosa

Apesar das vizinhas curiosas

Que ficam sempre na calçada

Para da sua vida dar uma comentada

 

Se você não conhece

Vai passar a conhecer

Lugar onde te talaricam

E depois te chamam pra rolê

 

Podem até não marcar com você

Meses ficar sem te ver

Mas se for à praia da Cinelândia

Todos os seus conhecidos irão aparecer

 

As maiores torcidas da cidade e do estado

São os azulinos e os colorados

Sou Confiança e posso dizer

De Sergipe só o Confiança subiu para série b

 

Impossível não amar, Aracaju, Sergipe e o Nordeste

E suas gírias de cabra da peste

Em outro lugar “arrudiar” nem presta

E como a coisa ruim vai ser “molesta”?

 

A época mais esperada  é o São João

Chega  julho e se houver barulho é festa junina

Pré-caju, Forró Siri, em um estante o  povo se anima 

A arena lota de gente e no São Pedro não é diferente





Victória Emanuelle (alimentos)

(Foto: V. Cristine - Alimentos)
Maduro

Um dia haverá de não pensar 
Pensar como ontem 
Pensar como hoje 
Um dia haverá de não agir
Agir como age
Agir por agir 
Maduro estará o fruto que não se esquecerá do galho que o sustentou.

- - -

(Foto: V. Cristine – Alimentos)
Do medo

Ele vem e toma conta do meu ser
Bebe dos meus sentidos 
E abusa do meu lógico 
Ele venda os meus olhos
E me chama para uma dança 
Deixo-me levar
O medo
Medo da existência de algo inexistente
Tenaz, persistente
Desperta o imaginário e põe para dormir o real
O real é tão incerto
Tão incerto quanto o certo que nos é imposto pelo medo
O medo nos prova
E é a prova de nossas inseguranças.

Comente em:https://www.facebook.com/entreTema/posts/174865942900489




André Macedo (eletrotécnica)


Palavras e Flores

Palavras são como flores
São sementes que o tempo floresce.
Nessa busca pelas respostas do mundo,
As perguntas fazem-se jardins sem fim.

O tempo é meu amigo, sabe-se lá
Quando se ama, tanto faz saber
As palavras que amadurecem em nós
Tornam-se protetoras de minh'alma.

O Deus e o poeta de mim
Chora e ri sem dó e com prazer
O infinito particular que me deste
Dança e grita: Liberdade!

Já não sou mais eu.
Morro para viver novamente
E com flores e palavras
Tenho em mim o mundo inteiro.

- - -

Escrevo para quem?

Não é para mim que escrevo.
É para alguma força divina, decerto.
Para devolver tudo que me destes
Ao ver o nascer e o pôr do sol.

É por poder beijar e sentir
A calma de ser um menino homem
Ouvindo baboseiras de amor
E renascer ao poder de amar.

Não quero parecer inoportuno
Mas com toda essa velocidade
Nem parei pra pensar no depois
E o amanhã está longe de mim.

Meus dramas já não te atingem mais
Teu grito silencioso é oração 
Ah, poesia, faz-me teu escravo
Quero morrer escrevendo para Deus.


Comente em https://www.facebook.com/entreTema/posts/174885516231865